O Levante Popular Francês e as Lições para a Democracia Ocidental - por Gustavo Mantovani

Após o presidente Macron convocar eleições com o objetivo de aumentar sua governabilidade pós eleições do Parlamento Europeu, o partido de extrema-direita e amante do fascismo Reunião Nacional ganhou fôlego entre o eleitorado francês. Em resposta, partidos historicamente opositores se uniram para impedir que adeptos da ideologia fascista governassem a França.

Desde o fechamento das urnas no primeiro turno, uma grande mobilização ocorreu, envolvendo lideranças políticas, artistas, jogadores de futebol e cidadãos contrários à barbárie. Eles tomaram as ruas francesas, buscando união para enfrentar aqueles que pretendem fazer um remake da República de Vichy. O resultado foi surpreendente: a esquerda francesa se fortaleceu, formou a maioria no parlamento, com o partido governista em segundo lugar e a extrema-direita em terceiro, embora com mais cadeiras do que antes. 

Se por um lado a celebração é legítima, pois toda derrota da extrema-direita é motivo para comemorar, por outro lado fica o aprendizado e o alerta. Devemos lembrar as palavras de Le Pen após o resultado oficial: “Nossa vitória foi apenas adiada.” Apesar da derrota, o Reunião Nacional conseguiu aumentar sua presença no Parlamento, indicando um fortalecimento e expansão de seu eleitorado. Essas pessoas continuarão sua militância e buscarão se conectar com outros movimentos extremistas mundiais, tentando convencer a população de que seus projetos odiosos são a salvação para um Novo Mundo. 

É hora dos líderes democráticos mundiais se unirem e começarem a agir em bloco, condenando extremistas ao redor do mundo. É crucial condenar o regime sionista terrorista de Israel e defender os direitos humanos e a democracia com firmeza. Líderes populares devem convocar o povo para a ação, tomar as ruas, condenar todo tipo de preconceito, lutar por justiça social, moradia, emprego e taxar grandes fortunas para investir em educação e saúde de qualidade. A democracia Ocidental enfrenta seu maior ataque desde a Segunda Guerra Mundial; precisamos de ação imediata. 

As vitórias dos trabalhistas na Inglaterra e da esquerda na França foram batalhas árduas vencidas, mas a guerra continua e o inimigo ganha força a cada dia.